Causos da Família Vargas e outras histórias
sábado, 24 de janeiro de 2015
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
GUERRA DO PARAGUAI - 1868 A ESTRADA DO CHACO
GUERRA DO PARAGUAI -
1868 A ESTRADA DO CHACO
Após a queda de Humaitá, o comando Aliado, prosseguiu pela
margem esquerda do rio Paraguai até encontrar o inimigo fortificado na margem
direita do Piquiciri. Foram realizados vários reconhecimentos em força, para
tentar prosseguir na direção da capital do país. O terreno era muito pantanoso,
entrecortado por várias lagoas, e foi constatada a impossibilidade de tentar
ataques frontais.
O Marquês de Caxias decidiu, então, desbordar a forte linha
defensiva, através de uma estrada pelo Chaco, na margem direita do rio
Paraguai. Para isto desiguinou um Corpo de Exército para atravessar o rio e
construir a estrada, reforçado por toda a Engenharia disponível.
A estrada foi construída em 23 dias, entre 04 e 27 de Outubro
de 1868. Inicialmente, foram abertos 8600 metros de picadas, assoalhada por Estivas com 18000 troncos de palmeiras que foram abatidas.
Houve necessidade de construir quatro pontes (duas de 40 metros e duas de 20
metros). A estrada teve uma extensão de 10.714 metros.
Para tal serviço foram empregadas várias organizações
militares do Corpo de Exército e 1407 elementos do Batalhão de Engenharia, 327
do Corpo de Pontoneiros, reforçados por uma companhia de Sapadores e uma
companhia de Faxineiros.
Tal estrada possibilitou a passagem do Exército, que
desbordou Piquiciri e novamente atravessou o Rio Paraguai, dando início à
Dezembrada, com as batalhas de Itororó, Avaí e Lomas Valentinas com a
destruição quase completa do Exército de Lopez e conquista da capital em Janeiro do ano seguinte Assunção. Caxias
retornou ao Rio e Don Pedro II nomeou seu genro Conde D’Eu para o comando dos
aliados até o fim da Guerra em 1° de Março do ano seguinte
Fonte de consulta: trabalhos do Cel. R1 Claudio Moreira Bento
F.V.Souto Cel
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
OS BRUMMER - Mercenários Prussianos
OS BRUMMER - Mercenários Prussianos
O início das ameaças de guerra no
Rio da Prata (Contra ROSAS -1851/1852),
coincidiram com o fim da primeira guerra do Schleswig,Holstein, que deixou um grande contingente do exército
prussiano disponível
Em Set de 1850, o gabinete do
marquês de Olinda, temendo a guerra com a Argentina, resolveu contratar
soldados de Infantaria, Artilharia e Engenharia na Alemanha. Enviou o Coronel Sebastião
do Rego Barros que conseguiu embarcar para o Brasil 12 companhias com cerca de
1800 homens, que começaram a chegar no Rio de Janeiro em Junho de 1851. Foi
constatado que havia muita rivalidade entre os Oficiais, e que muitos soldados
eram recrutas sem conhecimentos militares e vários eram dados à bebida. Tais
fatos fizeram que quase a metade não fosse empregada em combate.
Os mercenários constituíram uma fração de Infantaria que eram armados com o FUZIL DREYSE, retro carga e com alcance bem superior aos do Exército Brasileiro, uma bateria de Artilharia e duas companhias de Engenharia equipadas com as Pontes Biragob(primeiro modelo a ser adquirido pelo Ex Imperial)
Os mercenários constituíram uma fração de Infantaria que eram armados com o FUZIL DREYSE, retro carga e com alcance bem superior aos do Exército Brasileiro, uma bateria de Artilharia e duas companhias de Engenharia equipadas com as Pontes Biragob(primeiro modelo a ser adquirido pelo Ex Imperial)
Na batalha de Monte Caseiros,
oitenta infantes foram distribuídos pela
Infantaria Imperial, que atuaram
contra a Art de Rosas, pondo-a em fuga e por onde passou a cavalaria comandada
pelo ten. Cel. Osório, que rapidamente atingiu o casario. Este fato constituiu uma
surpresa tática que contribuiu para a Vitória, levando Rosas a retrair e
refugiar-se em um navio britânico (
Estes mercenários, quase todos,
permaneceram no Brasil, e como eram
elementos de nível intelectual bem superior aos colonos,
sobressaíram-se, ocupando funções de destaque, inclusive como deputados e
jornalistas. Alguns BRUMMER e seus descendentes atuaram na Guerra do Paraguay
inclusive com uma Bateria Alemã integrante do Regimento Mallet.
Os pontoneiros do Ex Brasileiro
que atuaram na estrada do Chaco, na margem direita do rio Paraguay, foram instruidos , por oficiais ou
descendentes de Brummers
Fonte de consulta – Trabalhos do Cel R1 Claudio Moreira Bento
Anexos fotos da Infantaria e engenharia Brummer.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
PCB
– TENTATIVAS DE COMUNIZAR O BRASIL
a)
Fundação em 25 de Março de 1922,
motivado pelo triunfo da Revolução Comunista na Rússia em 1917. Iniciou com
cerca de 1000 militantes.
b)
PRIMEIRA TENTATIVA DE DE TOMADA D0
PODER.
Sovietização
pelas Armas. Luiz Carlos Prestes, ex capitão de Engenharia do Exército,
celebrizou-se em 1924 com a coluna Prestes que andou por quase todo o Brasil e
quando derrotado internou-as na Bolívia e depois em Buenos Aires. Neste período
de exílio, leu muito e tornou-se Comunista. Como a Rússia tinha planejamento de
sovietizar o Mundo todo, atraia líderes para especialização em Moscou. Foi o
que acontece com Prestes em 1935. Voltou de lá acompanhado de Olga Benário,
judia alemã que se formara no Exército soviético e que viera para orientar Prestes
no preparo da Revolução comunista através dos quartéis. Teve início em Natal 22
Nov 1935, no dia seguinte ocorreram em Recife e a 27 no Rio de Janeiro O
presidente Getulio Vargas decretou estado de Sítio e derrotou o movimento com
saldo de 33 militares mortos e mais ou menos 700 civis Na praia Vermelha existe
um monumento onde a 27 Nov da cada ano são homenageados os mortos da Intentona.
c)
SEGUNDA TENTATIVA DE TOMADA DO PODER
PELAS ARMAS _1964
Governo Goulart. Em 1960 era Vice Presidente
da República, no governo Janio Quadros e estava na China quando Janio demitiu-se.
Houve uma crise no governo que não admitia Jango na presidência. A solução
achada pelo Congresso, foi alterar a Constituição, passando do regime presidencialista
para o parlamentarista. Resolvido este impasse, Goulart assumiu a sete de
Setembro de 1961, permanecendo até 26 de Junho de 1962. Houve vários problemas com
greves criadas pelo próprio governo; falta de alimentos; reatamento das
relações com Cuba e Russia. Realizou um governo contraditório, alianças com o
movimento sindical; pregava reformas de Base na lei ou na marra. Em Fevereiro
de 1962 o PC do B, desligou-se do PCB e passou a defender a luta, Armada, apoiado
pela CGT, UNE, Ligas Camponesas, Partido Operário Revolucionário ( PORT), AP,
POLOP e Grupo dos Onze. Em 30 Março de 1963, Luis Carlos Preste disse:” Gostaria que o Brasil fosse o primeiro país sul
americano a seguir o exemplo de Cuba”.
Grupos armados invadem propriedades rurais. com a conivência da Igreja
Católica Esquerdista. Em 12 de Setembro de 1963, apoiados pelo POLOP,
seiscentos militares (Sgtos e Cabos) da Marinha e da FAB, rebelaram-se em
Brasilia contra a Decisão do STFederal, que vetava a elegibilidade de militares
da Ativa.Foram dominados pelo Exército
com o passivo de dois mortos. Tal estado de coisas foi se agravando em
conseqüência dos seguintes eventos:
· 1964
-
3 de março impedida a aula inaugural na Universidade da Bahia Salvador.
-
13 de março comicio da central do Brasil.
-
19 de março marcha da família com Deus pela Liberdade
-
23 de março greve dos marinheiros e fuzileiros
-
26 de março Mariguela declara: “o partido precisa se prepara pois esta em via
de assumir o governo”.
-
30 de março assembléia no automóvel clube, com a presença de 4000 sargentos,
discurso de Goulart, incitando a indisciplina.
-
31 de março comandante da Quarta RM inicia a marcha em direção ao Rio de
Janeiro.
O
exercito, sem derramamento de sangue, partiu ao encontro dos anseios do povo e
livrou a nação da garra dos comunistas, que foram derrotados.
d)
TERCEIRA TENTATIVA DE TOMADA DE PODER
PELAS ARMAS
Tática:
aproveitar as crises – defender a paz e angariar o apoio da população.
Guerrilha do Araguaia- 1972 / 1974
Cisão
do PCB, surge o PC do B que pregava a luta armada rural.
Chefes
Mariguela, João Amazonas, Mauricio Grabois Angel Arroio, optaram pela luta
armada no campo.
1962-
Pleno Governo de Jango, enviados dezenas de guerrilheiros para a Academia de
Pequim e para Cuba. Foi selecionada “a grande área”. Em 1966 começaram na
região do Araguaia, os elementos especializados na China e em Cuba. Organizaram
três comandos, A e B, localizadas ao sul da Transamazônica e comando C mais ao
Sul perto da Serra das Andorinhas. Que foram descobertas por declarações de um
desertor que fugira da região para Fortaleza.
Inicio
da operação SUCURI que visava saber onde estavam os guerrilheiros.
Em
1973/1974 ocorreram combates e a exterminação da guerrilha. Nesta oportunidade
ocorreu a prisão de Genuino.
Modo
de atuação – pequenos grupos de + ou – 8 militares formados em cursos de
operações especiais e guerra na selva.
Pequeno Resumo Cronológico
· 1952- Marighela
na Academia Militar de Pequim.
· 1956- Krushev
relata as atrocidades de Stalin, dando o primeiro passo para a derrocada do
comunismo.
· 1960- Osvaldão
na Checoslovaquia, Suécia e Cuba.
· 1962- PC do B –
Conferência Extraordinária em fevereiro, expressa a decisão de tomar o poder
pelas armas. Note-se, em pleno Governo João Goulart.
· 1964- Fevereiro-
André Grabóis, Divino, Calatroni, Demerval e outros, em Cuba. Dez militantes do
PC do B na China, em treinamento intensivo.
· 1966- Atentado
no Aeroporto dos Guararapes (Julho).
# Guerrilheiros:
Guerrilheiros
chegando ao Araguaia, após cursos no exterior (Cuba).
· 1968- AI – 5
para conter a escalada de atentados.
· 1969- Junta
Militar (morte do Presidente Costa e Silva).
# Criação:
Criação
da OBAN e dos DOI/CODI.
# Morte:
Morte
de Marighela.
#
Deserção:
Deserção
de Lamarca.
· 1970- Combate ao
Molipo / “Grupo da Ilha”.
# Manobras:
Manobras
Marabá 70 (ou Operação Carajás).
· 1971-
Assassinato do Major Toja Martinez (04/abr)
# Massacre:
Massacre
do Tenente Alberto Mendes Junior pelo bando de Lamarca
Pedro:
Pedro
Albuquerque Neto e Tereza Cristina desertam e são presos (outubro) – fator
preponderante na descoberta da “grande área”.
# Morte:
Morte
de Lamarca (setembro), em Grotas de Macaúbas / Oliveiros do Brejinho, Bahia.
· 1972- Mortos os
membros da cúpula do Comitê Central / PC
do B Carlos Danielli, Lincoln Oest, Lincoln Bicalho, Luiz Gulhardini, no RJ e
SP. (entre dezembro/72 março / 73)- fato
altamente notável para a derrota da guerrilha.
# Descoberto:
Descoberto
o local da guerrilha (12 de abril).
# Prisão:
Prisão
de Genoino (18 de abril)- revelado esquema de guerrilha e a composição.
# Assassinato:
Assassinato
de João Pereira, morador de apenas 17 anos de idade (maio).
# Morte:
Morte
do Cabo Odilo Cruz da Rosa (08 de maio). Pelo grupo de Osvaldão.
# Operação:
Operação
Sucuri (jul).
· 1973- destruição
de uma ponte e assalto ao Destacamento da PM de São Domingos (setembro /
outubro): pelo grupamento militar de Andre Grabois.
# Combate:
Combate
com o grupo militar da guerrilha (13 / outubro).
Combate
com destacamento A; incidente com a guerrilheira “Sonia” (Lucia Maria de Souza)
(24 / outubro).
Combate
decisivo: dia 25 / dezembro, com o grupamento A e a comissão militar da
guerrilha.
# Morte:
Morte
de Mauricio Grabois e outros.
· 1974- Fuga da
área de Angelo Arroyo e Micheas Gomes, abandonando os companheiros (04 / jan).
# Morte do:
Morte
de Osvaldão (08/fevereiro).
# Últimos:
Últimos
combates (até junho).
· 1975- Comunicado
Oficial da vitoria ao Congresso Nacional (15 / março).
· 1976- comunicado
Interno do PC do B, reconhecendo a derrota, mas declarando que outras frentes
seriam criadas.
Mortes, desertores e desaparecidos na Guerrilha
|
Mortos
|
Desertores,
desaparecidos, paradeiro desconhecido.
|
Total
|
Forças
regulares
|
15
|
01
|
16***
|
Guerrilheiros
|
59*
|
28**
|
87
|
· *Justiçados
(Mundico, Paulo)
· *Suicidaram-se 2
(Lourival, Juarez)
· **20 desertores,
presos.
· *** Segundo
Curió. Seguramente, no mínimo, 7 (2 Sargentos, 1 cabo, 4 Soldados, com
registros dos combates).
Fontes de consulta:
A
Verdade Sufocada, autor Carlos Alberto Brilhante Ustra Ed. SER- SEPS 705/905 Ed
Mont Blanc 70390-055 Brasília.
A
Guerrilha no Araguaia- Tenente Coronel reformado Licio Maciel- 2 ed, Ed.
Schoba, 2011.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
REVOLUÇÂO MARAGATA
1)
Idéias
Republicanas
Os
militares que regressaram do Paraguai, vieram envolvidos pelas idéias
Republicanas exportadas pelos Estados Unidos e vivenciadas por quase todas as
Republicas Sul Americanas , com diferentes doses de Autoritarismos. O Brasil
era a única nação com regime Imperial.
Em
1874 – quatro anos após o término da Guerra, alguns grupos em Porto Alegre, já
se reuniam debatendo idéias republicanas como conseqüência da debilidade política do Império assolado pela questão
Cristie, pela questão religiosa (contra os Bispos) e pela questão Abolicionista.
Em
1881 foi fundado em São Borja o Clube Republicano, tendo como vice presidente Aparicio
Mariense da Silva, vereador, que propôs uma Moção Plebiscitária , aprovada, que
propunha dirigir-se a Assembléia do Estado e a Câmara dos Deputados no Rio de
Janeiro, propondo um Plebiscito, de âmbito nacional e alertando sobre o perigo ,com
a inevitável morte de Dom Pedro II, e a instalação do Terceiro Império com a princesa Isabel,educada por
religiosos e casada com um príncipe Francês (conde D’Eu). Tal proposta se
espalhou por todo o Brasil, tendo como consequência uma reação do governo e ordem de prisão aos signatários. Aparicio Mariense foi obrigado a exilar-se na
ARGENTINA.
Após
várias questões vividas pela política do Império, surgiu a questão Militar,
onde o partido dominante exigia o emprego do Exército nas atividades de “Capitão
do Mato”, na procura e captura de escravos fugitivos.
Tal
política, revoltou os militares, além de punições imposta a oficiais no Rio
Grande do Sul, então sob o comando do Marechal Deodoro da Fonseca que não
concordou e foi exonerado.
2)
Proclamação
da República e Queda do Império
Com a exoneração,
Deodoro voltou para o Rio de Janeiro, onde foi eleito presidente do Clube
Militar. Continuou o desentendimento com o Partido no poder, após vários
incidentes, Deodoro foi preso o que somado à crise existente, levou à
Proclamação da República, à destituição do Imperador e ao Exílio da família Real.
3)
Política
no Rio Grande do Sul
Na
época a política no RS era dirigida pelo partido Liberal, chefiado por Gaspar
Silveira Martins que, conforme os opositores “mandavam e faziam chover”, e que
como ministro da Fazenda do Império, havia isentado o comércio entre a República Oriental do
Uruguai e o Brasil, de quaisquer taxas. Após a proclamação da República apoiado
por Deodoro, assumiu o governo do RS Julio de Castilhos, advogado, natural de Cruz
Alta e formado em São Paulo, mas com pequeno apoio político. Era Positivista
(doutrina professada por Augusto Conte). Pregava a tese de que a Sociedade
precisava ser dirigida pelas mesmas leis
e métodos da Matemática e Biologia. Defendia a ditadura científica, na qual o
poder devia decorrer do Saber e não do Voto. Inspirado no Positivismo,
Castilhos advogava a instalação de um governo Forte, com pouca atuação dos
deputados, que se reuniam somente dois meses no ano. Era o Autoritarismo, e
assim governou perseguindo os adversários liberais e unindo os brasileiros e
uruguaios prejudicados pela crise econômica. Um de seus primeiros atos foi a
revogação da isenção de não cobrança de taxas no comércio de fronteira.
4)
Saída
de Deodoro da Presidência
Com
o pedido de demissão de Deodoro, houve a queda de Julio de Castilhos que em
face de perseguição política teve de exilar-se na Argentina em Monte Caseros,
juntamente com vários republicanos, inclusive o Ten Cel Manoel Vargas. Algum
tempo depois assume a presidência da República o Marechal Floriano Peixoto, que
reiniciou o apoio aos exilados e incentivou o retorno.
5)
Volta
dos republicanos e organização das forças
Com
a volta dos exilados por São Borja, Manoel Vargas iniciou a organização da 5ª
Brigada com concentração na cabeceira do Butui, na estrada que vai para
Santiago. Seu cunhado Aparicio Mariense da Silva, forte fazendeiro, compro u uma Bateria de Canhões La Hitte, possivelmente
utilizados na Guerra do Paraguai. Com este material organizou a Artilharia da
Coluna. Simultaneamente foi organizada a 5ª Brigada em São Luiz e Santo Ângelo
sob o comando do irmão do senador Pinheiro Machado. Estas duas Brigadas
constituíram a Divisão do Norte sob o comando do veterano da Guerra do Paraguai
Brigadeiro Francisco Rodrigues de Lima.
6)
Nome
dos contendores
Os
republicanos, por usarem no chapéu uma parte vermelha como uma crista eram
chamados de Pica Pau e usavam obrigatoriamente lenços Brancos
Os
Liberais, por terem recebido um reforço uruguaio, proveniente de um vila onde
predominavam imigrantes espanhóis de uma região da Espanha chamada Maragatéia,
passaram a ser alcunhados de Maragatos e
usavam lenços vermelhos.
7)
Combate
de INHANDUI, Alegrete
Com
o inicio das operações, aos revoltosos Liberais, juntou-se um contingente
elevado de uruguaios chefiados por Gumercindo Saraiva. A Divisão do Norte
deslocou-se para Alegrete, e nas margens do Ibirapuitã, travou-se o combate,
onde os republicanos, embora com inferioridade numérica, derrotaram os Maragatos
que se espalharam por todo o Rio Grande. Segundo CARLOS REBERVEL, a revolução
teve a duração de 31 meses e fez nada menos que dez mil vítimas. Dessas mais de
1000 morreram por Degolamento de 700 gargantas seccionadas em Bagé região de
Rio Preto, por Adão Latorre, inicialmente , sozinho onde uma fração das tropas ,republicanas,
rendeu-se para salvar vidas.O segundo fato ocorreu em Palmeiras, na região
de Boi Preto (a 5 de Abril de 1894),
quando 400 federalistas caíram prisioneiros
e foram mortos por degola. Nesta época o
governo do estado criou a Brigada Militar .
8)-
Prosseguimento da ação em Santa Catarina e Paraná
Aos
Maragatos após o combate de Inhandui, seguiram para o Norte , sempre
perseguidos pelos Pica Pau. Houve vários encontros no vale do Rio do Peixe
(onde mais tarde foi construída a ferrovia São Paulo/Rio Grande). Ficou célebre
o cerco da Lapa, quando republicanos padeceram com a falta de alimentos.
9) Fim
da campanha
Os
revoltosos retornaram ao Rio Grande, e próximo a Cruz Alta, um grupo foi
degolado pelos Republicanos. A fase final ocorreu no combate de CAROVI, perto
de Santiago, com a presença de dois batalhões da Brigada Militar, armados com
fuzis de repetição, recém importados da Austria. Os Maragatos estavam entrincheirados
por trás de uma cerca de pedra, e seu comandante montado em um cavalo tordilho
e com um pala branco, se deslocava ao longo da coluna. Um comandante brigadiano reconheceu
Gumercindo e determinou que toda a tropa apontasse para o chefe só atirasse a
comando. Foi o que aconteceu, Gumercindo foi abatido. A tropa rebelde com a
morte do chefe se dispersou, indo parte para a Argentina e parte para o
Uruguai. Mais tarde o corpo de chefe foi encontrado, e o comando republicano
mandou cortar a cabeça do chefe Maragato e a enviou para JULIO DE Castlhos em
um caixa de sapatos
Bibliografia:
JUREMIR
MACHADO DA SILVA - Correio do Povo
LUIZ
CLAUDIO KNIERIM – Revolução Federalista de 1893
CARLOS
REVERBEL – Maragatos e Pica-paus
REVOLUÇÂO MARAGATA
1)
Idéias
Republicanas
Os
militares que regressaram do Paraguai, vieram envolvidos pelas idéias
Republicanas exportadas pelos Estados Unidos e vivenciadas por quase todas as
Republicas Sul Americanas , com diferentes doses de Autoritarismos. O Brasil
era a única nação com regime Imperial.
Em
1874 – quatro anos após o término da Guerra, alguns grupos em Porto Alegre, já
se reuniam debatendo idéias republicanas como conseqüência da debilidade política do Império assolado pela questão
Cristie, pela questão religiosa (contra os Bispos) e pela questão Abolicionista.
Em
1881 foi fundado em São Borja o Clube Republicano, tendo como vice presidente Aparicio
Mariense da Silva, vereador, que propôs uma Moção Plebiscitária , aprovada, que
propunha dirigir-se a Assembléia do Estado e a Câmara dos Deputados no Rio de
Janeiro, propondo um Plebiscito, de âmbito nacional e alertando sobre o perigo ,com
a inevitável morte de Dom Pedro II, e a instalação do Terceiro Império com a princesa Isabel,educada por
religiosos e casada com um príncipe Francês (conde D’Eu). Tal proposta se
espalhou por todo o Brasil, tendo como consequência uma reação do governo e ordem de prisão aos signatários. Aparicio Mariense foi obrigado a exilar-se na
ARGENTINA.
Após
várias questões vividas pela política do Império, surgiu a questão Militar,
onde o partido dominante exigia o emprego do Exército nas atividades de “Capitão
do Mato”, na procura e captura de escravos fugitivos.
Tal
política, revoltou os militares, além de punições imposta a oficiais no Rio
Grande do Sul, então sob o comando do Marechal Deodoro da Fonseca que não
concordou e foi exonerado.
2)
Proclamação
da República e Queda do Império
Com a exoneração,
Deodoro voltou para o Rio de Janeiro, onde foi eleito presidente do Clube
Militar. Continuou o desentendimento com o Partido no poder, após vários
incidentes, Deodoro foi preso o que somado à crise existente, levou à
Proclamação da República, à destituição do Imperador e ao Exílio da família Real.
3)
Política
no Rio Grande do Sul
Na
época a política no RS era dirigida pelo partido Liberal, chefiado por Gaspar
Silveira Martins que, conforme os opositores “mandavam e faziam chover”, e que
como ministro da Fazenda do Império, havia isentado o comércio entre a República Oriental do
Uruguai e o Brasil, de quaisquer taxas. Após a proclamação da República apoiado
por Deodoro, assumiu o governo do RS Julio de Castilhos, advogado, natural de Cruz
Alta e formado em São Paulo, mas com pequeno apoio político. Era Positivista
(doutrina professada por Augusto Conte). Pregava a tese de que a Sociedade
precisava ser dirigida pelas mesmas leis
e métodos da Matemática e Biologia. Defendia a ditadura científica, na qual o
poder devia decorrer do Saber e não do Voto. Inspirado no Positivismo,
Castilhos advogava a instalação de um governo Forte, com pouca atuação dos
deputados, que se reuniam somente dois meses no ano. Era o Autoritarismo, e
assim governou perseguindo os adversários liberais e unindo os brasileiros e
uruguaios prejudicados pela crise econômica. Um de seus primeiros atos foi a
revogação da isenção de não cobrança de taxas no comércio de fronteira.
4)
Saída
de Deodoro da Presidência
Com
o pedido de demissão de Deodoro, houve a queda de Julio de Castilhos que em
face de perseguição política teve de exilar-se na Argentina em Monte Caseros,
juntamente com vários republicanos, inclusive o Ten Cel Manoel Vargas. Algum
tempo depois assume a presidência da República o Marechal Floriano Peixoto, que
reiniciou o apoio aos exilados e incentivou o retorno.
5)
Volta
dos republicanos e organização das forças
Com
a volta dos exilados por São Borja, Manoel Vargas iniciou a organização da 5ª
Brigada com concentração na cabeceira do Butui, na estrada que vai para
Santiago. Seu cunhado Aparicio Mariense da Silva, forte fazendeiro, compro u uma Bateria de Canhões La Hitte, possivelmente
utilizados na Guerra do Paraguai. Com este material organizou a Artilharia da
Coluna. Simultaneamente foi organizada a 5ª Brigada em São Luiz e Santo Ângelo
sob o comando do irmão do senador Pinheiro Machado. Estas duas Brigadas
constituíram a Divisão do Norte sob o comando do veterano da Guerra do Paraguai
Brigadeiro Francisco Rodrigues de Lima.
6)
Nome
dos contendores
Os
republicanos, por usarem no chapéu uma parte vermelha como uma crista eram
chamados de Pica Pau e usavam obrigatoriamente lenços Brancos
Os
Liberais, por terem recebido um reforço uruguaio, proveniente de um vila onde
predominavam imigrantes espanhóis de uma região da Espanha chamada Maragatéia,
passaram a ser alcunhados de Maragatos e
usavam lenços vermelhos.
7)
Combate
de INHANDUI, Alegrete
Com
o inicio das operações, aos revoltosos Liberais, juntou-se um contingente
elevado de uruguaios chefiados por Gumercindo Saraiva. A Divisão do Norte
deslocou-se para Alegrete, e nas margens do Ibirapuitã, travou-se o combate,
onde os republicanos, embora com inferioridade numérica, derrotaram os Maragatos
que se espalharam por todo o Rio Grande. Segundo CARLOS REBERVEL, a revolução
teve a duração de 31 meses e fez nada menos que dez mil vítimas. Dessas mais de
1000 morreram por Degolamento de 700 gargantas seccionadas em Bagé região de
Rio Preto, por Adão Latorre, inicialmente , sozinho onde uma fração das tropas ,republicanas,
rendeu-se para salvar vidas.O segundo fato ocorreu em Palmeiras, na região
de Boi Preto (a 5 de Abril de 1894),
quando 400 federalistas caíram prisioneiros
e foram mortos por degola. Nesta época o
governo do estado criou a Brigada Militar .
8)-
Prosseguimento da ação em Santa Catarina e Paraná
Aos
Maragatos após o combate de Inhandui, seguiram para o Norte , sempre
perseguidos pelos Pica Pau. Houve vários encontros no vale do Rio do Peixe
(onde mais tarde foi construída a ferrovia São Paulo/Rio Grande). Ficou célebre
o cerco da Lapa, quando republicanos padeceram com a falta de alimentos.
9) Fim
da campanha
Os
revoltosos retornaram ao Rio Grande, e próximo a Cruz Alta, um grupo foi
degolado pelos Republicanos. A fase final ocorreu no combate de CAROVI, perto
de Santiago, com a presença de dois batalhões da Brigada Militar, armados com
fuzis de repetição, recém importados da Austria. Os Maragatos estavam entrincheirados
por trás de uma cerca de pedra, e seu comandante montado em um cavalo tordilho
e com um pala branco, se deslocava ao longo da coluna. Um comandante brigadiano reconheceu
Gumercindo e determinou que toda a tropa apontasse para o chefe só atirasse a
comando. Foi o que aconteceu, Gumercindo foi abatido. A tropa rebelde com a
morte do chefe se dispersou, indo parte para a Argentina e parte para o
Uruguai. Mais tarde o corpo de chefe foi encontrado, e o comando republicano
mandou cortar a cabeça do chefe Maragato e a enviou para JULIO DE Castlhos em
um caixa de sapatos
Bibliografia:
JUREMIR
MACHADO DA SILVA - Correio do Povo
LUIZ
CLAUDIO KNIERIM – Revolução Federalista de 1893
CARLOS
REVERBEL – Maragatos e Pica-paus
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