segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

GUERRA DO PARAGUAI - 1868 A ESTRADA DO CHACO

GUERRA DO PARAGUAI  - 1868  A ESTRADA DO CHACO

Após a queda de Humaitá, o comando Aliado, prosseguiu pela margem esquerda do rio Paraguai até encontrar o inimigo fortificado na margem direita do Piquiciri. Foram realizados vários reconhecimentos em força, para tentar prosseguir na direção da capital do país. O terreno era muito pantanoso, entrecortado por várias lagoas, e foi constatada a impossibilidade de tentar ataques frontais.
O Marquês de Caxias decidiu, então, desbordar a forte linha defensiva, através de uma estrada pelo Chaco, na margem direita do rio Paraguai. Para isto desiguinou um Corpo de Exército para atravessar o rio e construir a estrada, reforçado por toda a Engenharia disponível.
A estrada foi construída em 23 dias, entre 04 e 27 de Outubro de 1868. Inicialmente, foram abertos 8600 metros  de picadas, assoalhada por Estivas com  18000 troncos de palmeiras que foram abatidas. Houve necessidade de construir quatro pontes (duas de 40 metros e duas de 20 metros). A estrada teve uma extensão de 10.714 metros.
Para tal serviço foram empregadas várias organizações militares do Corpo de Exército e 1407 elementos do Batalhão de Engenharia, 327 do Corpo de Pontoneiros, reforçados por uma companhia de Sapadores e uma companhia de Faxineiros.
Tal estrada possibilitou a passagem do Exército, que desbordou Piquiciri e novamente atravessou o Rio Paraguai, dando início à Dezembrada, com as batalhas de Itororó, Avaí e Lomas Valentinas com a destruição quase completa do Exército de Lopez e conquista da capital  em Janeiro do ano seguinte Assunção. Caxias retornou ao Rio e Don Pedro II nomeou seu genro Conde D’Eu para o comando dos aliados até o fim da Guerra em 1° de Março do ano seguinte

Fonte de consulta: trabalhos do Cel. R1 Claudio Moreira Bento
F.V.Souto Cel


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

OS BRUMMER - Mercenários Prussianos

                             OS   BRUMMER     - Mercenários Prussianos
O início das ameaças de guerra no Rio da Prata (Contra  ROSAS -1851/1852), coincidiram com o fim da primeira guerra do Schleswig,Holstein,  que deixou um grande contingente do exército prussiano disponível
Em Set de 1850, o gabinete do marquês de Olinda, temendo a guerra com a Argentina, resolveu contratar soldados de Infantaria, Artilharia e Engenharia na Alemanha. Enviou o Coronel Sebastião do Rego Barros que conseguiu embarcar para o Brasil 12 companhias com cerca de 1800 homens, que começaram a chegar no Rio de Janeiro em Junho de 1851. Foi constatado que havia muita rivalidade entre os Oficiais, e que muitos soldados eram recrutas sem conhecimentos militares e vários eram dados à bebida. Tais fatos fizeram que quase a metade não fosse empregada em combate.
Os mercenários constituíram  uma fração de Infantaria que eram armados com o FUZIL DREYSE,  retro carga e com alcance bem superior aos do Exército Brasileiro, uma bateria de Artilharia e duas companhias de Engenharia equipadas  com  as    Pontes  Biragob(primeiro modelo a ser adquirido pelo Ex Imperial)
Na batalha de Monte Caseiros, oitenta infantes foram distribuídos pela  Infantaria Imperial, que   atuaram contra a Art de Rosas, pondo-a em fuga e por onde passou a cavalaria comandada pelo ten. Cel. Osório, que rapidamente  atingiu o casario. Este fato constituiu uma surpresa tática que contribuiu para a Vitória, levando Rosas a retrair e refugiar-se em um navio britânico (
Estes mercenários, quase todos, permaneceram no Brasil, e como eram  elementos de nível intelectual bem superior aos colonos, sobressaíram-se, ocupando funções de destaque, inclusive como deputados e jornalistas. Alguns BRUMMER e seus descendentes atuaram na Guerra do Paraguay inclusive com uma Bateria Alemã integrante do Regimento Mallet.
Os pontoneiros do Ex Brasileiro que atuaram na estrada do Chaco, na margem direita do rio Paraguay,  foram instruidos , por oficiais ou descendentes de Brummers
Fonte de consulta  – Trabalhos do Cel R1 Claudio Moreira Bento

Anexos fotos  da Infantaria e engenharia Brummer.