sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Fernando Vargas Souto - Artilharia turma de 1950

            Fernando Vargas Souto
Artilharia turma de 1950
a)    Chegada a Santiago – RS
Após um estagio de 24 dias no REsArt- Vila Militar, entramos em transito com destino a Santiago, passando alguns dias em Porto Alegre, na casa de meus pais, em função dos prazos previstos em lei, eu e mais dois aspirante de Cav. chegamos a Estação Ferroviária de  Santiago, cerca de meio dia de um sábado.
Estava para nos receber um major sub cmt do 4º RC (atual 9º Blog). Nós chegamos em uniforme de passeio, com mala e espada. Nos apresentamos ao major (em uniforme de instrução), que nos conduziu em Jeep sem capota, dirigido por ele. Recebeu-nos com muita amabilidade, nos levou ao refeitório dos oficiais, onde almoçamos. Informou-nos que cerca de 14h30min nos levaria na “republica” dos oficiais solteiros. E assim foi feito.
Na hora marcada entramos no Jeep, passamos pelo centro da cidade e fomos conduzidos a um bairro mais afastado com ruas sem calçamento. Em certo momento o Maj. parou o jeep em frente uma casa e chamou: “D. Fulana!”, apareceu uma senhora e ele disse: “estou aqui apresentando os novos aspirantes, seus futuros clientes”.
Nós fardados de mala e espada em punho, esboçamos uma “boa tarde” meio sem graça. Seguimos para mais duas “casas” onde foi repetida a apresentação (eram cabares).
Finalmente nos levou para a “república” dos oficiais solteiros. E foi assim a nossa apresentação em Santiago RS- Fevereiro de 1951.

b)    2º GACav 75- falta de oficiais
A OM, na época só possuía quatro oficiais combatentes.
Um Maj. no comando e três tenentes de turmas anteriores nas funções de sub cmt, S1, S2, S3 e S4. Ao chegarmos, embora com inicio de Estagio, eu e meu colega Roberto Mello (mais tarde engenheiro de armamento pelo IME), fomos contemplados com as demais funções, tais como: oficial de topografia (adj do S2), oficial de transmissões, CLF das duas Bias de Can, diretor da Escola Regimental, Oficial de Educação Física comandantes das três baterias. Logo houve a incorporação e a primeira instrução, com os recrutas ainda em trajes civis, e ministrada por um cabo em cada bateria, foi a utilização correta do WC e chuveiros com demonstração ao vivo. Pois a maioria dos recrutas era oriunda de campanha ou colônia e não conhecia WC ou chuveiros.

c)     Tiro de Artilharia
O Mello e eu, nas andanças pelas funções, constatamos que o grupo não realizava o tiro com os canhões há quatro anos, embora com sobra de munição. Lembro que cada peça possuía um livro para registro dos tiros, com data e carga utilizada e observações.
Falamos com o comandante e nos comprometemos a atuar em todos os setores para realizar o tiro na época prevista.
Iniciamos os trabalhos, primeiro pela topografia, manutenção dos GB e Teodolito, além das trenas e balizas (não havia ainda GPS); passamos depois para material de telefonia, todo ainda original
 KRUPP. Fomos depois para material de Art. regulando cada peça. Resolvemos que a CTir ficaria, inicialmente, no PO, pois como éramos apenas dois, um estava como CLF e outro na CTir e PO.
A partir dai toda a quinta feira, seguia uma Bia de Can, reforçada em pessoal pela outra Bia. Fizemos a primeira Escola de Fogo na Invernada REIÚNA a mais ou menos 18 km do quartel. A partir daí, toda a quinta-feira seguia uma Bia. O sucesso foi grande, pois até os oficiais do QG (1º DC), resolveram participar e assistir ao tiro.
É provável que tenhamos cometido alguns erros por falta de experiência, mas nos realizamos pelo sucesso da missão cumprida.

d)    A Grande Seca- 1952
Santiago ainda não possuía Hidráulica. Cada residência tinha um poço cavado no pateo. O quartel tinha um poço profundo e a água era retirada pela compressão utilizando um motor diesel. A OM possuía seis pipas tracionadas por muares, que em tempo difíceis, supriam as casas de oficiais e sargentos.
Em março de 1952, começou a diminuir a vazão do poço que tinha que atender ao pessoal e cerca de 580 cavalares e Muares. O novo comandante do quartel, resolveu levar os animais para onde existisse água. Conseguiu uma fazenda a 40 km do quartel na estrada Santiago/ São Luiz (4º Lageado – Pilão D’água).
Recebi a missão de levar por terra a cavalhada e uma equipe de mais ou menos vinte elementos (sargentos, cabos e soldados). O quartel só possuía um caminhão, tipo comercial, para conduzir diariamente o milho, alfafa e gêneros para o pessoal. Levamos também cochos de madeira para o milho. Adotamos o mesmo sistema do quartel, usando clarim para o pessoal e forragem, que era obedecido por todos (inclusive animais).
A missão durou 12 dias até que viesse a chuva e diminuísse a canícula.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Enterro do Ex Presidente Getúlio Vargas


          Enterro do Ex Presidente Getúlio Vargas

No dia 24 de agosto de 1954, estava em  São Borja no 1º grupo de Artilharia a cavalo 75 mm, no quartel atualmente ocupado pela 1º Companhia de Engenharia Mecanizada.
Cumprindo minhas tarefas rotineiras, ministrava uma instrução e segui com o curso de cabos para o campo. Cerca das 10h30min chegou uma viatura do quartel ¾ toneladas chamada “Maria Gorda” o motorista transmitiu-me o recado do Comando para retornar imediatamente ao quartel. Mandei encilhar os cavalos e nos tocamos ao trote para o aquartelamento. Ao chegar fui informado que o Presidente Getulio Dornelles Vargas, havia se suicidado cerca das 08h00min daquele dia e que seu enterro seria feito em São Borja.
O clima era de perplexidade e apreensão. como organizar a chegada de pessoas que viriam para a cidade? Garantir a segurança providenciar acomodações. esperava-se um grande numero de jornalistas, políticoscorreligionários, haveria muita gente se deslocando, para despedir-se de Getúlio. o momento era trágico e mobilizava todo o Brasil. 
Após o almoçarmos, tivemos uma reunião com o prefeito, juiz de direito, padre, comandante da guarnição e outras autoridades do Município, com o objetivo para planejar como seria feito o enterro e quais providencias as necessárias.
A segurança da guarnição entre a estação de Viação Férrea e o Rio Uruguai cabia ao grupo de Artilharia.
Coube a mim a segurança do campo de pouso, eu era 1º Tenente da  2ª bateria a quem cabia a segurança do campo de pouso. Na primeira hora da tarde reuni os meus sete Sargentos mais dois Cabos e fomos a cavalo para o local de pouso. Não existia nenhuma edificação. Munido de  Levei trena e medi a extensão (de grama) era 750 m de comprimento sentido Norte Sul e 25 m de largura.
Lembrei-me das minhas viagens ao Rio de Janeiro, do Aeroporto Santos Dummond onde notávamos funcionários que orientavam os estacionamentos dos aviões, utilizando bastões branco com lanterna na ponta.
Procurei água e não encontrei por perto, determinei a um dos  sargento que , voltasse ao quartel trouxesse na pipa tracionada por mulas e que também trouxesse alimentação para o pessoal do jantar, pedi que arrecadasse todos os lampiões a querosene pois imaginei uma  possível chegada do aviões após escurecer como de fato ocorreu. Demarcamos a cabeceira e o fim da pista e alguns pontos dos 750 metros. Organizamos as áreas de estacionamento da seguinte forma:  na parte Norte para os aviões grandes DC3 usados na segunda grande guerra, no mesmo prolongamento denotamos estacionamentos para aviões médios de dois motores e na parte esquerda estacionamento para pequenos (teco-teco). Solicitei, que a carpintaria do quartel confeccionasse bastões de madeiras pintados de cal. Cerca das 19h30min chegou um avião pequeno demarcamos como planejado a pista o campo de pouso não possuía Biruta, aquele cone de pano que indica a direção do vento, fiz sinal com uma lanterna para que ele pousasse. 
Levei do quartel um Avam Trem que é uma viatura onde se leva material (picaretas, pás, e um cofre de munição). Pensava oferecer este Avam Trem para levar o corpo até a cidade, na primeira noite pernoitaram no campo 35 aviões de diferentes tamanhos  alguns só largaram passageiros e seguiram, cerca de 16h00min do dia 25 de agosto chegou o avião da força aérea com o corpo do Presidente. Falei com o piloto e informei a ele que estávamos fazendo a segurança do campo de pouso e tínhamos uma carroça de artilharia onde o corpo podia ser transportado.
Como a família estava desgostosa com os militares não aceitaram nem eu falei que era sobrinho neto do presidente, o corpo foi levado nos ombros do povo até a prefeitura mais ou menos 8 quilômetros, com revezamento entre o povo.
A noite fui a cavalo à prefeitura fardado e notei que me hostilizavam. Dirigi-me a conhecidos e informei ser sobrinho neto do presidente e que estava ali nesta situação. No dia seguinte cerca de meio dia o corpo foi levado ainda nos ombros do povo para o cemitério Jardim da Paz onde foi enterrado. 

Ao Museu Getulio Vargas- São Borja-RS

                       
                      
Ao Museu Getulio Vargas- São Borja-RS

Estou oferecendo, para integrar o acervo do Museu Getulio Vargas, a espada que pertenceu ao meu bisavô, General Manoel do Nascimento Vargas.
Esta espada ele adquiriu na campanha do Paraguai, quando a 08 de maio de 1866, foi promovido a Alferes.
Usou-a até o termino da guerra, quando já capitão retornou a São Borja cujo regimento foi dissolvido em agosto de 1870.
Posteriormente quando da Revolução Federalista como Ten. Cel. da Guarda Nacional, organizou a 5º Brigada nas nascentes do Rio Butui, seguiu com a ela até a Serra de Caverá tomando parte, no combate de Inhandui (Alegrete), portando esta espada, em 1892.
Em 1893 o presidente Marechal Floriano Peixoto, o agraciou com as honras de Coronel de Exercito Brasileiro por sua atuação na Revolução Federalista e Guerra do Paraguai.
Em 1895 o Presidente Prudente de Moraes, concedeu ao Cel. Honorário do Exercito, as honras de General da Brigada do Exercito, pela dedicação e Bravura em defesa da Republica.

São Borja, 03 de setembro de 2012.

Fernando Vargas Souto

Carta de Doação

     CARTA DE DOAÇÃO.

Regimento dos Museus- Decreto nº 12.744 de 14 /09/10.

Ilmo. Sr.
Julio Corrente
Coordenador do Museu do Contestado
Caçador – Sta Catarina.


Eu, Cel. Fernando Vargas Souto, R1 residente  na Rua Olinto Arami Silva 451 , na cidade de São Borja –RS, venho por meio desta doar os seguintes objetos;

1. Designação dos objetos:
a) Uma espada com punho e bainha de Prata, com detalhes em Ouro, com dedicatória gravada por admiradores e amigos do Cel. Carlos Frederico de Mesquita, meu bisavô, que faleceu em 1933 em, Em Porto Alegre.

b) Uma espada com bainha, em parte de couro, recebida do Comando do Exercito em 1911, quando foi promovido a General de Brigada. Possui uma placa de prata com a gravação “ Marechal Carlos Frederico de Mesquita”.

c) Uma foto, tirada possivelmente quando Major e que servia no 30º Btl de Infantaria.

d) A FÉ DE OFICIO, compilada por tradição oral (familiar) e por um artigo do professor ANTÕNIO DA ROCHA ALMEIDA, publicada no jornal de Porto Alegre- O CORREIO DO POVO, possivelmente na década de 1950.

2. Nome e Morada da Instituição beneficiaria da doação:
MUSEU DO CONTESTADO – Caçador Sta Catarina.

3. Condições da Doação:
A doação foi realizada, inicialmente por troca de e-mail e posteriormente envio de Sedex em 8/10/2012.
A finalidade é preservar o vulto e manter a memória do Marechal Mesquita que além de várias comissões militares, comandou uma expedição que atuou no vale do Rio do Peixe região de Caçador, na Guerra do Contestado.
Estas espadas são doadas por Fernando Vargas Souto, bisneto do Marechal e que permite a figuração de seu nome nas obras quando expostas, não manifestando nada em contrario.
4. Condições de aceitação:
A condição proposta é que o objeto seja original e não cópia. Portanto os objetos acima foram criteriosamente analisados e pertenceram à família desde o falecimento do seu titular em1933 em POA.
Procedência:
  Já descrito no documento acima.
                                                           São Borja, 8 de outubro de 2012

                                                             FERNANDO VARGAS SOUTO.

MANOEL DO NASCIMENTO VARGAS.


       MANOEL DO NASCIMENTO VARGAS.

Guerra do Paraguai.


Nascido em Passo Fundo dia 25 de novembro de 1844, ainda jovem residiu com seus pais na região de Santiago (fazenda do Cerro). Trabalhava como Bolicheiro em uma vila (atual Unistalda) Com o passar do tempo, com a criação por D. Pedro II dos corpos de Voluntários da Pátria, resolveu pegar dois cavalos e veio a SBO apresentar-se no 28º Corpo de Cav. Provisório da Guarda Nacional.
Em 1865 incorporou como soldado nº 45 da Iª CIA, como sabia ler e escrever passou a Cabo.
No dia 25 de junho do mesmo ano tomou parte no Combate do Butui contra os paraguaios (Itaqui) A 1º de julho foi promovido Furriel (por bravura) permanecendo na mesma CIA.
Em 18 de set. participou do cerco e rendição das forças paraguaias em Uruguaiana. Regressando a SBO foi promovido a 2ºsgto para a 6ª CIA no mesmo cargo.
Em 17 de abril de 1866 transpôs o rio Uruguai para o teatro de Operações no Paraguai. Em 1866 a 8 de maio foi promovido Alferes (em comissão) e classificado na 4,ª CIA.
No dia 20 de setembro de 1867 transpôs o Rio Paraná (Passo da Pátria). No dia 24 de maio participou da batalha Tuiuty, e no dia 1º de Jun. combate de Sanga Funda,(campos de São Salomão). Em 3 de outubro parte para o combate de São Solano, onde recebeu dois ferimentos de lança. Em 1867 no final de outubro ainda convalescente tomou parte no 2º combate de São Solano.
No dia 15 de novembro de1868 passou para o 1º corpo do EX.e no dia 19 de fev. participou do Combate de Estabelecimento. Assistiu o reconhecimento de Humaitá e também tomou parte no Combate de Pequirí e  no Combate de  Imbuí. Neste ano por morte do Titular do Regimento, assumiu a função de Inspetor do Quartel Mestre e posteriormente ajudante do Corpo. Fez a marcha de Flanco pelo Chaco e tomou parte no combate de Itororó, e também participou da Batalha de Avaí (contra Cabellero).
Participou da Batalha de LomasValentinas , onde recebeu a Medalha de Mérito Militar.
Em 1869 fez manobras em Luque , Piraju e Juqueri, tomou parte no reconhecimento de Cerro Leon.Em março foi promovido a Tenente ajudante.Também tomou parte no Combate de Campo Grande. No mesmo ano fez parte da expedição de Mandu-Verá e seguiram para Rio Honda. Em setembro segui para São Joaquin, Vila do Rosário e Conceição. Em dez. houve o Combate na Estância do Pai Passo. Em 1870 fev. seguiu para Bela
Vista, a margem esquerda do Rio Apa e o transpôs entrando na Província do Mato Grosso. Tomou parte no Combate de Cerro Corá onde faleceu Solano Lopes. Em março deste ano foi promovido Cap. E classificado para 5ªCIA. Regressa ao Brasil em junho, atravessando o Rio Uruguai, acampando em SOB, fiscalizando (sub. CMT) até 25 de agosto quando o Corpo foi dissolvido. Após a sua baixa fixou residência no Iguariaça (Mun. de Santiago) dedicando-se a sua família e a Pecuária.
                
Revolução Federalista.

Em 1891 no dia 13 de set. houve o golpe de Estado, quando foi deposto o Presidente da Província Julio de Castilho, advogado e de formação positivista. Como republicano Manoel vê-se forçado a emigrar junto com companheiros para Monte Caseiros- Argentina, com Julio de Castilhos organizando a contra revolução apoiados pelo Presidente Mal. Floriano Peixoto.
Em 1892 os simpatizantes reuniram-se em SOB onde organizaram a 5ªBDA nas cabeceiras do Rio Butui, ao mesmo tempo era organizada a 4ª BDA em São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo, sob o comando de Pinheiro Machado. Foi constituída a então Divisão do Norte e marcharam para a serra do Caverá onde travou-se o Combate do Inhandui (Alegrete).
Em 1893 Foi agraciado com honras de Coronel do Exercito Brasileiro pelos serviços prestados na Guerra do Paraguai e Revolução Federalista.
Em 1895 pelo decreto assinado pelo Presidente Prudente de Moraes e do Ministro da Guerra foi concedido ao Cel. Honorário do Ex. Manoel do Nascimento Vargas as honras de Gen. De Brigada pelos serviços e a sua dedicação e bravura em Defesa da Republica e do Rio Grande do Sul.
Em 29 de outubro de 1944, faleceu no Rio de Janeiro sendo sepultado em São Borja.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

RIVERA INVADE O TERRITÓRIO DAS MISSÕES

            RIVERA INVADE O TERRITÓRIO DAS MISSÕES

Don Fructuoso Rivera-, desertor do Exército Imperial, rompido com Lavalleja, declarado traidor pelo governo platino, que lhe cassara a patente de Brigadeiro e o condenara à morte- conseguira  a duras penas fugir de Buenos Aires e buscar refúgio na província de Santa Fé, colocando-se sob a proteção do governador Don Estanislau Lopez. Isto em fins de 1826.
Instalada a anarquia política que se seguiu à queda do presidente Rivardávia, Don Fructuoso, ofereceu seus serviços ao presidente provisório e apresentou um plano de entrar pelas Missões e atacar os imperiais pela retaguarda, ocupando Rio Pardo e Porto Alegre
O presidente provisório, esquivou-se de decidir. Seu sucessor, governador de Buenos Aires, Manoel Dorriego, que concordava com qualquer coisa que servisse para acelerar o término do conflito com o Brasil, aceitou discutir  o assunto.
Riveira assinou em 27 de Out de 1827, em nome das províncias de Entre Rios e Santa Fé um tratado com Buenos Aires, com o objetivo de levantar forças  militares para ocupar  os povos das Missões Orientais. Deixou Santa Fé e instalou-se nas margens do Uruguai. Em Março de 1828, Riveira, já na Banda Oriental recrutava forças. Em 21 Abril de 1828, a frente de 140 homens iniciou a invasão do Rio Grande, em muito pouco tempo esse efetivo já ultrapassava um milhar incondicionalmente apoiado pela população civil. Com a destruição das reduções jesuíticas, e instalação de uma administração laica, os missioneiros tentaram retornar à vida selvagem. Os padres haviam inoculado o germe civilizatório e eles não se adaptaram. Tinham instintiva idolatria pelos caudilhos. Não havia grandes diferenças entre o que aconteceu  nas Missões  em 1801, com Borges do Canto; em 1815 com Artigas ; e em 1828 com Rivera.
INVASÃO- TRAVESSIA DO IBICUÍ
A 21 de Abril de 1828 uma tropa com 80 homens ao comando do capitão Felipe Caballero, chegou ao passo do Ibicuí e caiu de surpresa sobre a guarda, matando o comandante e 19 praças e aprisionando 23 inimigos. O tenente morto chamava-se Mariano Pinto de Oliveira. O passo do rio Ibicuí passou a ser chamado de MARIANO PINTO. A tropa de Riveira dividiu-se em três frações. A 1ª Divisão sob o cmdo de Caballero foi lançada na direção de São Francisco; a 2ª Divisão comandada por seu irmão, major Barnabé, foi dirigida para São Borja (capital das Missões), e a 3ª Divisão, sob seu cmdo, marchou para a serra de São Martinho. Riveira se adonou rapidamente de toda a área missioneira- sempre vulnerável e sempre descuidada. O 25° RC havia se deslocado para Jaguarão. O 24°RC, formado inteiramente por índios, desertou inteiro com a aproximação dos orientais, deixando sòsinho seu cmt Ten Cel José Fontoura Palmeiro. As tropas milicianas que não engrossaram as forças de Riveira, debandaram em impressionante desordem. O Cmt das Missões, coronel Joaquim Antonio de Alencastre, ficou abandonado  com apenas um sargento e seis soldados.Doente, foi obrigado a fugir para Cruz Alta, sempre perseguido por Riveira. Nesta perseguição a bagagem e os arquivos do comando foram aprisionados na região de Santiago (Eram duas carretas). No final de Abril o alferes  José Silveira com toda sua guarda de 24 homens,  o Ten Pavão  com 35 oldados e o capitão Boaventura  Soares da Silva com com seu esquadrão de 122 homens, entregaram-se aos orientais. Uma espécie de locura se apoderou dos oficiais de prestígio e que comandavam guardas e destacamentos, fizeram causa comum ao invasor. Até a guarnição de fluvial de São Borja, comandada pelo ten Justo Yegros- 75 marujos teve que levantar ferros e escapar, pois a indiada tentou saquear suas naves e canoas.
Enquanto ocorria a invasão, os representantes platinos e brasileiros se reuniam no Rio de Janeiro, sob a orientação do embaixador Britânico para acertar o acordo de paz que motivara no ano anterior a Batalha do Passo do Rosário entre o Visconde de Barbacena e o General Alvear (Argentino).
Finalmente em 27 de Ago 1828 foi assinada a Convenção preliminar de Paz, ratificada pelo Brasil  em 30 de Ago , e pela Argentina  a 29 de Set do mesmo ano.
A notícia da Convenção Preliminar de Paz, chegou a Don Frutuoso Riveira, senhor das Missões, em 17 Set 1828, que ficou furioso com o fracasso de sua invasão. Alem de todo o gado disponível e de cavalares, Riveira também levou milhares de índios missioneiros, que eram de valor comercial inferior ao das vacas. Também com toda a calma saqueou todas as vilas ,levando oitenta carretas com o que existia de valor nas sete igrejas e nos depósitos de gêneros. Para os Argentinos e Orientais se tornou um herói, tanto que a cidade uruguaia junto a Livramento tomou o nome de Riveira. No dia 30 Dez 1828, uma resolução oficial do governo uruguaio o definiu como “digno e altamente benemérito general, e restituiu sem mancha  sua reputação e honras”
Após a retirada de Riveira, a administração Imperial, retornou ao território, encabeçada pelo coronel Olivério Ortiz, nomeado comandante da Fronteira .


          Bibliografia
A SAGA NO PRATA – Juvencio Saldanha Lemos –Editora Juliani
SÃO BORJA – MONOGRAFIA HOSTÓRICA E DE COSTUMES – Aparicio Silva Rillo – Coleção tricentenário
HISTÓRIA MILITAR DO BRASIL –Nelson Werneck Sodré –Editora expressão Popular      

Invasão Da Area da 1ªBDA CMEC.

              Invasão Da Area da 1ªBDA CMEC.

1)- Época 1816
2)- Inimigo.

Jóse de Artigas desejava o restabelecimento Prov. Unida do Prata
E  queria reunir as Províncias de Sta Fé, Corrientes, Entre Rios , Banda Oriental e Missiones,os Sete Povos e mais uma área até Quarai.
Para isto incumbiu seu filho de criação Cap. Andre Guacari, conhecido como Andresito Artigas; nascido em São Borja , filho de mãe charrua e educado pelos jesuítas. Andresito veio para preparar uma tropa de índios guaranis, (mais de 2000 homens. Este exercito  estava concentrado na costa do Rio Uruguai afim de retomar as Missões Portuguesas perdidas em 1801.

3)- Comando Português/ Brasileiro.

Comandava as Missões o Brigadeiro Francisco Chagas Santos nascido no Rio de Janeiro e formado no Colégio dos Nobres em Lisboa. Era engenheiro e matemático Como major trabalhou na demarcação da fronteira Sul. Inicialmente estava em São Luis Gonzaga e depois transferido para São Borja.
Seu efetivo era: 120 homens da cavalaria Portuguesa,
                        80 indios dos Lanceiros das Missões.  (Cavalaria)
Infantaria          Uma CIA de  granadeiros do Regimento de Sta Catarina+-
                            Com 85 baionetas
4)- Operações: 

Em 21 de setembro de 1816, Andresito atravessou o Rio Uruguai por Itaqui, após vencer pequenas resistências chegou a São Borja, distando 5 km do Rio Uruguai. Estabeleceu o cerco da vila
Chagas além dos militares tinha que suprir mais de 2000 pessoas O Cerco durou 13 dias, onde os cercados passaram fome e sede.
No dia 3 de outubro de1816 ao amanhecer ouviu -se um grande barulho nas linhas de Andresito.
A guarnição prepara-se para repelir novo ataque quando o  Ten. Lanceiros (Antonio Eripe) que estava como observador na torre da Igreja , avistou uma grande e forte cavalaria atravessando o Banhado Grande.
 Era o Cel. José de Abreu (mais tarde Barão de Cerro Largo) que vinha de Alegrete  vencendo uma etapa de 50 léguas, para prestar socorro a Chagas.Fora avisado do Cerco, através de um miliciano que tinha conseguido iludir as sentinelas do inimigo.
Após um violento combate, juntamente com a infantaria de Santa Catarina, conseguiu expulsar Andresito para a margem direita do Uruguai.
5) Outros encontros e prisão de Andresito.
Cumprindo ordens superiores, o Brigadeiro Chagas Santos, atravessou o rio e saiu ao encalço de Andresito e seus guaranis. Teve combates  em Apostoles, São Carlos, São Nicolau (já no Rio Grande), e finalmente conseguiu prendê-lo em Itacurubi. Levado para o Rio de Janeiro, ficou preso na fortaleza de Santa Cruz, onde mais tarde veio a falecer.
6) Monumento a Andresito.
Na entrada da cidade Argentina de Santo Tomé, existe uma estátua de
Andresito (No trevo, apontando para a cidade)

Invasão da Área da 1ª Bda de Cav Mec

      Invasão da Área da 1ª Bda de Cav Mec

1)     -Época 1819
2)     -Inimigo, o mesmo Andresito Artigas da Primeira Invasão

        A frente de 1600 indios guaranis , atravessou o Uruguai em 28Abril de 1819, 
no Passo de Santo Isidro e ocupou o “povo” de São Nicolau

         3)-Comando português e operações.
Ainda comandava as Missões o Brigadeiro Chagas Santos com sede em São Borja.
Ao tomar conhecimento da invasão, o Brigadeiro saiu em direção a São Nicolau,
chegando à vila em 09 de Maio de 1819. Montou um ataque, mas foi repelido com
pesadas perdas. Rompeu o contato e foi acampar próximo ao rio Icamaquan. Pediu
reforços ao Brigadeiro José de Abreu e ao conde de Figueiras ( Cmt da Província)
Em 18 de Maio , Figueira estava em Alegrete, e a 22 chegou ao acampamento
de José de Abreu, que recebeu ordem  de seguir costeando  o rio Piratini e a 06 de
Jun localizou Andresito acampado no arroio  Itacuru bi. Imediatamente montou um
Ataque surpreendendo Andresito que foi derrotado e sua tropa entrou em debandada
Geral. Andresito foi ferido no braço, e tentou atravessar o Uruguai no passo de santo
Isidro , quando foi preso pela guarda portuguesa.

4)- O guarani Andre Guacari, nascido em São Borja de mãe Charrua, seguiu preso para Porto Alegre e depois foi enviado ao Rio de Janeiro , ficando  preso na fortaleza de Santa Cruz, onde mais tarde veio a falecer 

Invasão da Área da 1ª Bda C Mec


Invasão da Área da 1ª Bda C Mec

1)- Época  24 Out de 1826
2)- Inimigo: Governador  da província de Missiones (Argentino) Don Félix Aguirre
3)- Comando português  da fronteira das Missões: Claudio José de Abreu – irmão do Brigadeiro José de Abreu..
4)- Considerações e operações.
O governador da província de Missiones, soube da existência  de um boa quantidade de gado no lado brasileiro e resolveu fazer uma invasão com a finalidade de roubar o gado.
Para isto atravessou o Uruguai na altura de Rincão de Cruz, antiga redução jesuítica, com cerca de 400 homens, e iniciou a arrebanhar o gado.
O Brigadeiro Rosado, ao tomar conhecimento do fato , determinou que a Bda do Cel Bento Manoel com 700 homens seguisse para o local. Determinou também que o Ten Yegros da marinha com uma canhoneira e alguns  pequenos barcos auxiliasse Bento Manoel no rio Uruguai.
A 30 de Out a tropa chegou na foz do Ibicui. A Bda marchou 60 léguas em menos de  cinco dias montando cavalos criolos.
Don Félix foi informado da aproximação dos brasileiros e tratou de repassar o Uruguai com milhares de bovinos e julgou-se seguro no território platino.O Cel Bento decidiu sair-lhe no encalço.
Com ajuda da canhoneira e barcos de Yegros , transpôs o rio na barra do Arapei.Em pleno território Argentino, a 02 Nov de 1826, saiu a cata do inimigo. Na manhã do dia 03, soube que Don Félix estava acampado na margem  do arroio MEBINAY, e de tarde , por um amplo movimento circular, cercou o inimigo. As quatro horas da madrugada de 05, os platinos atacaram os brasileiros que recuaram  e o grosso da Bda contra atacou.
Resultado, 300 mortos platinos entre eles o Cel Toríbio cmt da vanguarda.
O botim foi de mais de mil cavalos , todo o armamento e o gado roubado que foi repassado ao Brasil . Perdas imperiais cinco mortos e trinta e dois feridos.

Defesa de São Borja


  • DEFESA DE SÃO BORJA 10 de Jun de 1865


Comandava a infantaria da Guarda Nacional do Passo o Maj Rodrigues Ramos com 130 homens que ao avistar o Inimigo na outra margem com grandes efetivos e muitas carretas carregadas de canoas e balsas, mandou alertar o Cmt do Btl Reserva da vila e ao Cmt do 22º Corpo de Cav da GN que estava acampado a cerca de uma légua do local de ataque.
Foi enviado também um aviso ao Cel Mena Barreto, cmt do 1º Btl de Voluntários da Pátria que estava acampado no atual Capão dos Voluntários.

Logo que as carretas chegaram  na barranca , desembarcaram 20  Canoas e Balsas que foram ocupadas por 20  soldados cada . A artilharia iniciou os tiros contra a tropa da GN enquanto era iniciada a travessia em direção à Barranca Pelada no lado Brasileiro.

O Maj Ramos dividiu a Cia em quatro Pelotões e iniciou o tiroteio, tendo abatido vários inimigos que caíram no Rio. Face esta resistência a leva retornou ao ponto de saída e logo voltou em direção a pontos distintos, obrigando o remanejo dos pelotões.
Chega nesta altura o 22º Corpo de Cav da GN (-), que atacou a ala direita do inimigo, sob o comando do Maj Souza Docca com um Esqd de rifleiros e outro de lanceiros, conseguindo socorrer um pelotão de Inf que estava sendo cercado.
Chaga nesta hora outro Btl de Inf paraguaio que havia cruzado o Rio na noite anterior na altura de Santo Tomé, que estava atacando pelo norte.
Continuou o tiroteio com recuo da tropa brasileira e avanço do Ini, quando cerca de 13,30 H. Apresenta-se nas bocas de rua o 1º de Voluntários que formou em linha acompanhado da banda de música e Bandeira. A linha paraguaia estava na altura da Cruz Grande onde na década de vinte foi construído o atual aquartelamento do Reg João Manoel.
A canoas continuou transportando 400 homens em cada leva.
Eram cerca de 3000 inimigos com uma bateria de 4 Canhões contra os 237 GN e o reforço dos Voluntários.
A chegada dos Voluntários assustou o Inimigo que, com a ação da cavalaria pelos flancos, formou Quadrado e retraiu para o Passo.
A tropa brasileira guarneceu a bocas de rua, protegendo as famílias, que estavam  abandonando acidade.
A ação de retraimento, seguiu em direção a Alegrete. No dia 26 de Jun travou-se o combate do Butui contra uma vanguarda Paraguaia de 460/500 homens que foi desbaratada com 130 mortos conforme oficio do TC Estigarribia ao  Mal. Solano Lopes.
Perdas Brasileiras: Neste dia foram mortos 22  militares (sete do Btl. de Voluntários e quinze da GN.)
Feridos : sessenta e quatro ( vinte e nove do BTL. Vol, e trinta e cinco da GN.)
Com o recuo Paraguaio , houve  tempo de iniciar o Êxodo ,das famílias sobre a proteção da GN. E Batalhão de Voluntários.
O rumo foi ,Serra do Iguariaça – Santiago e Alegrete

Marechal Carlos Frederico de Mesquita


MARECHAL CARLOS FREDERICO DE MESQUITA
1-      GUERRA DO PARAGUAI
Carlos Frederico de Mesquita nasceu no dia 10 de dezembro de 1853, filho do futuro Barão de Cacequi, Frederico Augusto de Mesquita e de D. Maria Nicolacia da Conceição Bezerra.
Seu pai combateu na campanha do Uruguai e seguiu para a campanha do Paraguai, onde recebeu o titulo de Barão de Cacequi. Era comandante de uma brigada quando recebeu seu filho como soldado com 16 anos.
Em 1869 o jovem Carlos se apresenta em POA, sentando Praça no 22º BTL de INF, com destino ao Paraguai, já sob o comando de Mal. Ex. Gastão de Orleãns- Conde D’ EU.
Em setembro apresenta-se no quartel general Assunção, sendo incluído no 13º BTL. de Inf.
Seguiu para Vila Conceição, integrando a coluna do Brigadeiro Câmara, para o golpe final de Cerro Corá, onde Solano Lopes instalara sua ultima posição.
Em 1870 terminava a guerra com a morte de Solano Lopes. Mesquita recebe ordens para permanecer em território inimigo, integrando a brigada de ocupação sob o comando do Barão de Jaguarão.
Seu pai logo é promovido a brigadeiro. No dia 29 de março o comando geral nomeia amanuence Mesquita- Alferes em comissão.
Em abril por ocasião da transferência do Conde D’Eu, foi nomeado ajudante de ordens de seu pai, CMT. da 3ª BDA e CMT. de todas as forças de ocupação.
2-      REGRESSO AO BRASIL
Em 1871, dia 26 de junho é graduado alferes e classificado no 18ºBTL de INF. Ainda como ajudante de ordens.
Em 1876 dia 22 de junho regressa do Paraguai, apresentando-se em POA, indicado para o 12º BTL. De INF. E para fazer o curso militar.
Em 1878 é matriculado no curso de inf. da Província do RS. Em dezembro casa com Idalina Vieira Teixeira. Tiveram, em 1886 uma filha chamada, Alaide Teixeira Mesquita. Em 1882 conclui o curso de infantaria. Dia 10 de janeiro é promovido a 1º tenente ajudante de ordens de seu pai, CMT das armas da Província. Dia 17 de julho recebeu a medalha da Camp. do Paraguai. Dia 15 de dezembro de 1888 é promovido a capitão.
Dia 21 de setembro de 1889 recebe a comenda de Cavalaria da ordem militar de São Bento de Avis.
3-      REVOLUÇÃO FEDERALISTA
Em julho de 1891 recebe a medalha de prata Argentina pelas operações na Guerra. Em 05 de abril de 1892, com seu BTL. acampado a margem do Rio Negro em Saican tomou parte nas operações contra os federalistas.
Em 1893 foi colocado a disposição do presidente da Província (Julio de Castilho) e foi nomeado Ten. Coronel da Brigada Militar, para comandar 1º BTL da Força Estadual.
Também tomou parte no Combate, de Mariano Pinto integrado a Divisão do Norte e depois Mato Castelhano e Português, e perseguiu os rebeldes pelo Est. de SC, indo até Itajai.
4-      GUERRA DOS CANUDOS
Em 1894- 09 de março foi promovido a major por merecimento para o 13ª BTL de infantaria. Dia 14 de abril de 1895 recebeu a medalha Uruguaia pelos serviços na guerra do Paraguai. Integrou a 4ª expedição contra os jagunços de Antonio Conselheiro (guerra dos Canudos), no sertão Baiano, embarcou sua unidade no vapor Itaituba e desembarcou em Salvador, seguindo de trem para Queimadas, assumiu o comando da unidade integrando o 3º Bda do Cel. Thompson Flores.
Ao clarear o dia 28 de junho teve inicio o ataque o Cmt da Brigada foi ferido, substitui-o Major Mesquita que também foi ferido gravemente e baixou no hospital de sangue (Salvador).
Em 15 de novembro de 1897 foi promovido a Ten. Coronel por bravura e classificado no 35º BTL de Inf. Em 1899 foi nomeado Cmt. do 6º BTl de infantaria aquartelado em São Borja nas margens do  rio Uruguai.
5-      CAMPANHA DO ACRE
Em 1903 deixa o comando do 6º BTL de Inf. e assume o Codo. Do 25º BTL Inf. em POA, nesta época existia a disputa territorial entre Brasil e Bolivia, pelo território do Acre- Causa econômica, riqueza da Borracha. Para evitar um problema maior o Gov. transfere BTL de Inf. para guarnecer a fronteira. O  25º BTL de Inf. seguiu de vapor para Rio Grande, Buenos Aires, Rio Paraná e Paraguai até Corumbá onde estacionou.
Em 1904 foi resolvido o problema sem guerra, por intermédio do Itamarati (Rio Branco e Assis Brasil)
6-      CAMPANHA DO CONTESTADO
Em 1911 estava servindo em POA no 56º BTL de inf. quando foi promovido a general de Bda e classificado na 4º Brigada estratégica de São Gabriel. Em seguida foi nomeado CMT. da 4ª expedição para a guerra do Contestado (Vale do Rio do Peixe SC).
Enfrentou diversas operações muito difíceis e sem grande apoio logístico. sem transporte e elementos sem saúde. Após algumas operações vitoriosas e um grande abandono de sua tropa sem suprimentos, deixando as expedições sem recursos para manter os integrantes, ordenou a retirada da tropa em direção a Porto União.
A 28 de maio de 1914 Gen. Mesquita dava a sua ultima ordem dissolvendo a tropa e dispensando seus bravos companheiros de luta, voltando ao RS.
7-      COMANDO DA7ª RM (3ªRM) REFORMA
O general Mesquita assume o CMDO. da 7ª RM (futura 3ª RM), onde ficou até 14 de janeiro de 1918.
1918- Reformado por limite de idade no posto de marechal. Em seguida foi eleito presidente do Grêmio Benficiente dos oficiais do Ex função que exerceu até sua morte em 10 de junho de 1933.
Bibliografia- Tradição Familiar
Artigo- Vultos da Pátria do Prof. Antonio da Rocha Almeida- Correio do Povo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Antecedentes da Guerra



ANTECEDENTES DA GUERRA


Após a conquista da Península Ibérica por Napoleão, o rei da Espanha foi destituído do Poder em Madri. Em seu lugar Napoleão Colocou no Trono seu Próprio Irmão.
            Com a ausência do Rei, o império Espanhol começou a Ruir. A América Espanhola entrou em diferentes conflitos todos visando a Independência de Cada Região.
            Nesta ocasião o Paraguai, então uma Província do Vice Reinado do Prata Tornou- se independente por decisão do congresso ( CABILDO), sobre a chefia do Dr. Jorge Rodrigues de Frância que Governou por 29 anos até 1840. A partir daí o novo titular foi Carlos Antônio Lopes.
            Neste período governava Buenos Aires Juan Manoel Rosas (1829-1852), que queria restabelecer, juntamente com as províncias do Uruguai e Paraguai, o antigo Vice Reinado. Tudo fez para hostilizar o Paraguai inclusive restringindo a navegação fluvial no rio Paraná e conseqüentemente acesso ao Oceano Atlântico.
            Como conseqüência o governo de Carlos Lopes, iniciou preparativos para se defender dos vizinhos Argentina e Brasil, Contratou na Europa um numero elevado de técnicos e engenheiros que desenvolveram o país construindo Telegrafo, Estrada de Ferro, Fundição do Ibicuí, Estaleiros Navais em Assunção, Fabrica de Pólvora e Munição em Itacurubi etc.
            No final de seu Governo, seu filho como Ministro da Guerra visitou na Europa a Prússia, Bélgica, França e Inglaterra, onde foram reforçados os Técnicos e comprado armamento, munição e navios.
            O governo controlava todo o Comércio Exterior.
            Eram evitados a entrada de produtos estrangeiros por meio impostos elevados.
            Francisco Solano Lopes, filho de Carlos Antônio Lopes, substituiu o pai em 1862 e deu prosseguimento á política de seus antecessores contratando técnicos para a Indústria Têxteis, Papel, Tinta, Construção naval, Médicos e Farmacêuticos (Total + de 200).
            A fundição do Ibicuí instalada em 1850 fabricava canhões, morteiros, foguetes a Congrève e balas de todos os calibres.
            Face a este progresso, aumentou muito a necessidade estratégica de conseguir uma saída para o Mar, projeto chamado “ Paraguai Maior” com a inclusão futura de uma faixa do Território Brasileiro ou Uruguaio que liga-se ao litoral.
            Para sustentar suas intenções expansionistas, Lopez começou a preparar-se diplomática e militarmente. Incentivou a indústria de guerra e mobilizou grande quantidade de homens para o Exército reforçando as fortalezas sobre o rio Paraguai.
            No inicio da década de 60 era o País Sul Americano com maior Exército.

POLITICA PLATINA

            Com a independência do Brasil e Argentina no primeiro quarto do Século dezenove, continuou a hostilidade secular sempre existente entre Portugal e Espanha Temendo o excessivo fortalecimento Argentino, o Brasil favorecia o equilíbrio de poderes da Região, ajudando o Uruguai e Paraguai a conservarem a Soberania.
            O Brasil sob o domínio da família real (
D João VI), foi o primeiro país a reconhecer a Independência do Paraguai em 1811 na época em que a Argentina era governada por Juan Manuel Rosas ( 1829-1852 ), que era inimigo comum do Brasil e Paraguai.
            O Brasil contribui para o melhoramento das fortalezas e do Exército Paraguaio enviando para Assunção do Paraguai oficiais, Técnicos e Armamentos principalmente para Humaitá onde estiveram entre outros Vilagran Cabrita e Porto Carreiro.
            Como não havia estradas e ocorriam constantes enchentes no Pantanal, as ligações com Mato Grosso, obrigatoriamente eram feitos por navios através dos rios Paraná e Paraguai.
            Como o Uruguai foi uma Província brasileira no tempo de D.João VI e primeiros anos da independência e face ao alto valor dos campos do país, houve uma natural imigração de riograndenses para exploração da pecuária. Isto mais tarde foi à causa de atritos do Uruguai independente com os brasileiros.
            Tais atritos foram causa de varias intervenções militares culminando como motivo para Solano Lopes declarar guerra ao Brasil e apreender o nosso navio Marques de Olinda (11 Novembro de 1864), que ia para o Mato Grosso conduzindo o recém nomeado presidente da província.
            Como conseqüência da declaração de guerra em 24 de Dezembro de 1864, Lopes efetuou a invasão de Mato Grosso com 2 colunas.Uma sobre o comando do Gen.Vicente Barrios com 4000 homens abordo de 10 navios da esquadra subiu o rio Paraguai e atacou o forte de Coimbra a comando do TC Hermenegildo Porto Carrero que resistiu por 3 dias infringindo cerca de 200 baixas ao inimigo.
            Por falta de munição os 250 militares e familiares abandonaram o forte abordo de uma corveta (Amambaí) e se refugiaram em Corumbá que no ano seguinte foi conquistada.
            A 2° coluna comandada pelo General Francisco Resquim, com cerca de 3500 homens (com predomínio de cavalaria), invadiu por terra o Mato Grosso atacando, Dourados, (Antônio João), Nioaque Miranda.
            O Mato Grosso ficou sob o domínio Paraguaio até 1868.

TRATADO DA TRIPLICE ALIANÇA
Calendário:
1864
Fev. Mobilização geral do Paraguai
Ag. 30 – Ultimato Paraguaio ao Brasil- intervenção na ROU.
Out. 16- tropas brasileiras invadem a ROU
Nov. 12- Apreensão do vapor Marques de Olinda.
Dez. 13- Declaração de Guerra ao Brasil.
Dez. 24- Invasão do Mato Grosso- duas colunas.
1865
Jan. Argentina nega autorização para passagem de tropa paraguaia em seu território.
Mar. 18 declaração de guerra a Argentina.
Abr. 13- Tomada de Corrientes
Maio 01- Tratado da Triplice Aliança- Base naval em Buenos Aires – Estigarribia atravessa o Paraná.
Jun. 10- Invasão de São Borja
Jun. 11- Batalha Naval do Riachuelo- Bloqueio da esquadra Paraguaia.
Jun. 26- Combate do Butui.
Em abril de 1862 o general Bartolomeu Mitre assume o governo da Argentina, após o combate de Pavan, e derrota de Urquiza (Governador de Corrientes) Mitre, em principio era neutro nas disputas da Banda Oriental.
Em Janeiro de 1865, com a negação da passagem das tropas paraguaias Por seu território, demonstrou uma parcialidade. Com a invasão de Corrientes, conseguiu unir a Argentina, e aproximou-se do Brasil, tendo inicio as conversações para o Tratado da Tríplice Aliança.
CORRIENTES

Após a declaração de guerra e invasão do Mato Grosso, Lopez resolveu dar prosseguimento ao seu plano da saída para o Mar.
Don Pedro II, em virtude da fraqueza do Exército (14 mil homens do Brasil contra 60 mil do Paraguai) e como não existiam reservas, resolveu criar o corpo de Voluntários da Pátria em todas as províncias.
Lopes dentro do seu planejamento resolveu atacar a Argentina.
 A 13 de Abril de 1865 uma tropa de ± 4000 homens transportados em 5 navios ao comando do General Robles atacou Corrientes apoderando-se de 2 navios de guerra e conquistando a cidade Argentina.
Uma segunda coluna atravessou as margens do Paraná nas Três Bocas e seguiu por terra na margem esquerda do Paraná.
Esta coluna seguiu para o Sul até a localidade de Goya.
Lopes após a conquista de Corrientes tinha planos de atravessar a província de Entre Rios e juntar-se com Estigarribia que vinha pelas margens direita e esquerda do Uruguai.
Havia planos e entendimentos com o presidente da província, Urquiza que era inimigo de Mitre (presidente da Argentina), de um levante em apoio a Lopez o que de fato não o correu.


A GUARDA NACIONAL

Quando Dom João VI veio para o Brasil em 1808 não existia um Exército constituído, apenas unidades de Milícias.
D. João em sua frota trouxe a Armada Portuguesa e unidades do Exército.
Quatorze anos após- em 1822 – foi forçado pelas Cortes a regressar a Portugal, levando a Esquadra e parte do Exército.
Dom Pedro I, após a Independência, dada a falta de Exército, foi obrigado a contratar Mercenários na Europa – Foram cerca de 6 mil entre Alemães e Escoceses.
Igualmente ficou sem Marinha e foi obrigado a contratar o inglês Almirante Cocrhane que trouxe vários navios ingleses que se tornaram mercenários. (Primeira marinha do Brasil)
E assim decorreu a década após a independência com guerra com a Argentina em terra e mar. Como conseqüência houve a Batalha do Passo do Rosário e conseqüente independência do Uruguai.
As tropas mercenárias após sete anos terminaram o contrato ocorrendo antes uma revolta no Rio de Janeiro, mas que foi resolvida.
Alguns retornaram para Europa e outros ficaram no Brasil.
Com o regresso de D. Pedro I em 1831, foi instalada a Regência que face a má fama do Exército regular criou a Guarda Nacional.
A história atesta que alguns corpos demonstraram bravura e patriotismo, principalmente a Cavalaria gaucha, veterana de várias campanhas.
Copiada da França durante a regência, atendia a tradição do cidadão soldado, mas não acompanhava as inovações da era industrial, com novos armamentos e novas táticas, Era comandada pelo juiz de Paz e Presidente da Província que nomeava Oficiais e Comandantes que variava politicamente em função do Partido do Poder.
Não tinham instrução e não faziam exercícios de combinação das Armas.  Consta que foi usada como força eleitoral.
Após o inicio da Guerra cooperou para o aumento dos efetivos do Exercito.
Em 1865, com os, voluntários da Pátria dobrou os efetivos do Ex.,atingindo até o fim da Guerra cerca de 39 mil militares.
Em 1865 quando da invasão de São Borja, vigiava a fronteira uma Brigada de Cavalaria com 5 corpos de Cavalaria e 1 Cia de Infantaria.
O armamento era particular ou de donos de e estâncias espada e lança (quem tinha uma não tinha a outra) muito poucas armas (clavinas e Pistolas) todas com chispas de Sílica. Não existia a artilharia e a maioria das lanças era feita com tesoura utilizada para Esquila. Não haviam recebido uniformes nem pessoal de saúde. A primeira brigada era composta de pelos 10,11,22,23,28 corpo de cavalaria + 1 Cia de infantaria.

INVASÃO DO RIO GRANDE DO SUL
Em maio de 1865 uma divisão Paraguaia ao comando do TC Estigarribia, cruzou o rio Paraná na altura de Encarnacion e se deslocou para o sul na margem direita do Uruguai até Santo Tomé.
            A 10 de Junho efetivou a invasão.
Era composta de 12 mil homens com tropas das três armas (20 canoas e varias balsas). Esta divisão era toda armada com fuzis tipo Minié inportados da Inglaterra
(Marca Enfield)
Parte da tropa → 4000 homens a Cmdo do Major Duarte seguiu para o Sul na margem direita do Uruguai os 8000 restante invadiram São Borja com 4 batalhões de infantaria (14,15,17,22 ) e 2 regimentos de cavalaria (27,28 ) com quatro canhões pequenos, ficando parte da divisão em reserva.

O Barão do Rio Branco, em 1906 em uma homenagem que o exercito lhe fez disse o seguinte: “Na ordem Internacional, a melhor prova de sensatez e inteligência ainda é, amparar as boas intenções com preparo militar e as melhores armas”

BIBLIOGRAFIA:
1.Evolução Militar do Brasil – João Batista de Magalhães
2.A Catástrofe de erros – J. F. Maia Pedroza
3.A invasão de São  Borja – Osório Tuyuty de Oliveira
4.A invasão paraguaia – Conego João Pedro Gay
5.O Brasil em face do Prata – Gustavo Barroso
6.Crônica  de D. João VI – Paulo Napoleão Nogueira da Silva
7.La Guerra del Paraguai contra La Triplice Alianza – Pelhan Horton Box
8. Os mercenários do imperador – Juvêncio Saldanha Lemos
9.A história militar do Brasil – G. Vasconcelos
10.  Lutas no sul do Brasil contra os espanhóis e seus decendentes – Gen Francisco de Paula Cidade
11.  O Portal do Rio Grande- Jesus Pahim
12.  InvasãoHistoria da 3ª RM- Claudio Moreira Bento




FLOTILHA DO ALTO URUGUAI
1)                  Em 1865, após a rendição Paraguaia em Uruguaiana, D. Pedro II acompanhado de todo seu Estado Maior, resolveu subir o RIO URUGUAI e visitar as cidades de ITAQUI E SÃO BORJA, para ver “in loco” os estragos feitos pelos paraguaios.
2)                  Como conseqüência desta visita determinou ao Almirante Tamandaré que criasse uma base fluvial no Porto de Itaqui.
3)                  Em princípios de 1866, vieram os vapores TAQUARI, URUGAI, TRAMANDAI e canhoneira LAMEGO, e foi organizada a flotilha sob o CMDO do Tenente LOMBA. Mais tarde chegou o primeiro tenente STANISLAU PREZEWODOWSKI, trazendo os monitores Rio Grande e Alagoas.
Logo após o governo adquiriu o terreno necessário ao Estabelecimento Naval.
4)                  ARSENAL, com a possibilidade d fazer manutenção de pequenos barcos e nos vapores da flotilha.
Possuía residência do CMT, instalações para pessoal, oficina, marcenaria, deposito de armamento, enfermaria, deposito naval, deposito de carvão e paiol.
5)                  A Flotilha foi extinta em 1906; contribuiu para a construção do Hospital de Itaqui, e aperfeiçoou durante vários anos, vários elementos em distintas atividades navais.
6)                  Incidente de Alvear- 18 de julho de 1874.




MARINHA DO BRASIL
O governo Imperial a partir de 1847 iniciou a reestruturação da Armada.
            Dispunha então de 1 Fragata (a vela), 8 corvetas, 20 canhoneiras e 8 Transportes   ( todos a vapor).
            Quando da campanha do Uruguai, esta frota efetuou o bloqueio de Montevideo,Colônia e Paysandu e combate naval do Riachuelo ( 11 de Jun 1865 )
            A distancia entre Rio de Janeiro e Assunção do Paraguai é de 3741 km, houve necessidade de estabelecer uma base intermediária que, com o tratado da Tríplice Aliança  foi sediado em Buenos Aires que ficava situado a 1100 km de Assunção do Paraguai..
            No final da década de 50 e inicio de 60 surgiram na Europa os primeiros navios com Couraça, protegendo a debilidade dos cascos de madeira.
            Durante a guerra civil Americana surgiram os primeiros navios com cascos de aço.
            O Brasil equipou o Arsenal de marinha do Rio de Janeiro que construiu três encouraçados e encomendou mais 8  na Inglaterra e França.           O
Arsenal também construiu seis monitores encouraçados três anos apenas após o famoso combate de Hampton Roads nos Estados Unidos.

Enquanto os encouraçados não chegavam ao teatro o que só ocorreu em 1866, qualquer tentativa de desembarque anfíbio no Passo da Pátria seria arriscada pelo desconhecimento das defesas de terra e a vulnerabilidade dos navios de madeira.
            Somente a 16 de Abril de 1866 teve inicio o desembarque no Passo da Pátria, tendo o General Osório comandado a primeira tropa que pisou em solo Guarani.


Quadro abaixo mostra a incorporação a marinha e chegada no Paraguai














NAVIOS DA ESQUADRA INCORPORAÇÃO E CHEGADA NO PARAGUAI









NOME
Nº. CAN
TRIPUL
INCORP/MARIN
CHEGADA NO PARAGUAI
BRASIL
11( 68/70 )
160
JUL 1865
MAR 1866
TAMANDARÉ
6 ( 68/70/12 )
74
AGO 1865
MAR1866
BARROSO
4 ( 68/70 )
136
NOV 1865
MAR 1866
BAHIA
2 (150 )
108
JAN 1866
MAR 1866
RIO JAN
4(68/70)
135
MAR 1866
SET 1866
LIMA BARROS
4 (150 )
180
MAR 1866
JUL 1866
HERVAL
4 ( 68 / 120 )
135
JUN1866
NOV 1866
COLOMBO
8 ( 68 )
140
JUN1866
FEV 1867
MARIZ BARROS
4  (68/120 )

JUL 1866
SET 1866
CABRAL
8 ( 68/70 )
134
SET 1866
JAN 1867
SILVADO
6 (32 / 68 )

SET 1866
JAN 1867
PARÁ
1 ( 70 )
37
MAI 1867
AGO 1867
RIO GRANDE DO SUL
1 ( 70  )
37
AGO 1867
FEV1868
ALAGOAS
1 ( 70  )
37
OUT 1868
JAN 1868
PIAUÍ
1 ( 70  )
37
JAN 1868
JUN 1868
CEARA
1 ( 70  )
37
MAR 1868
JUL 1868
SANTA CATARINA
1( 70  )
37
MAI 1868
AGO 1868
17
121
1424





















CALENDARIO

V amos observar as seguintes datas:
1864
Ø  Fevereiro            → Mobilização geral no Paraguai
Ø  30 de Agosto      → Ultimato Paraguaio ao Brasil quanto às intervenções na ROU                  
Ø  16 de Outubro    → Tropas Brasileiras invadem a ROU
Ø  12 de Novembro→ Apreensão do Marques de Olinda
Ø  13 de Dezembro → Declaração de Guerra ao Brasil
Ø  24 de Dezembro → Invasão de Matogrosso Forte de Coimbra

1865

Ø  18 de Março   → Declaração de Guerra à Argentina
Ø  13 de Abril   → Tomada de Corrientes
Ø    1 de Maio        → Tratado Tríplice Aliança
  Maio        → Divisão Estigarribia atravessa o Paraná em Encarnacion
Ø  10 de junho        → Invasão de São Borja.
Ø  11 de junho        → Batalha do Riachuelo
                           → O Paraguai é Bloqueado pela Esquadra Brasileira
Ø  14 de Setembro   → Divisão Estigarribia rende-se aos Aliados em UGE
Ø  Setembro             → Empréstimo Brasileiro de 7 milhões de libras Banco
Rothscild-Londres
ØNovembro    → Exército Paraguaio Retira-se do Território Aliado.   ( exceto no Mato Grosso ) 
1866

Ø  16 de Abril         →  Passo da Pátria
Ø  24 de Maio         →  Batalha do Tuiuti
Ø    3 de Setembro  →  Batalha do Curuzu
Ø  22 de Setembro  →  Batalha do Curupaiti
Ø            Outubro    →  Nomeação de Caxias
Ø            Novembro→  Revolução Montonera contra Mitre

     1867

Ø  Maio / Junho      → Retirada da Laguna
Ø      11 de agosto   → Esquadra contra Curupaiti
Ø   3  de Novembro → Segunda batalha de Tuiuti


     1868

Ø  18 de Fevereiro  →  Marinha passa por Humaitá
Ø    5 de Agosto      →  Ocupação de Humaitá
Ø           Outubro     →  Marcha de Flanco
Ø           Dezembro  →  Campanha da Dezembrada ( Itororó,Avai, Lomas Valentinas )

  
  1869

Ø            Janeiro     → Ocupação de Assunção pelas tropas Brasileira.
                                → Afastamento de Caxias do comando do Exército
Ø     15 de Abril     → Oconde d’Eu assume o comando das forças Aliadas
Ø  16 de Agosto     → Batalha de Campo Grande

     1870
Ø  1º de Março → Combate de Cerro Cora. Morte do Mal. LOPES.
                                   → Fim da Guerra