sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Combate do Butui


Combate do BUTUI (25 de Jun de 1865)
Após a Invasão de São Borja, e o saque da cidade realizado pela tropa Paraguaia, os comandados do Ten. Cel. ESTIGARRIBIA seguiram na direção Sul, na margem Esquerda do Rio Uruguai, mantendo sempre contato  com a fração sob o comando do Maj. DUARTE que seguia para o Sul em território ARGENTINO. As duas frações faziam a ligação pelo rio, utilizando as canoas empregadas na Invasão de 10 de Junde 65.
Estigarribia determinou que um Btl. de Inf. montada, reforçado por elementos de Cavalaria, sob o comando do Maj. Lopes, seguisse pelo interior de São Borja atacando diversas fazendas que foram saqueadas, incendiadas e tiveram seu gado e cavalhadas arrebanhados.
Esta tropa foi localizada por elementos da 1ª Bda. de Cav. , após terem atravessado o rio Butui no passo de “Ana Hipólito”, atual ponte da BR SBO/ITQ, e infle tido para W, afim de juntar-se com o restante da tropa invasora. Os observadores informaram ao Cel. Fernandes de Lima, que esta vanguarda tinha um efetivo aproximado de 460 a 500 homens, todos montados.
O Cmt. da Bda. resolveu atacar, enviando, inicialmente os Rifleiros do 22 Corpo provisório  ao comando do Maj. SOUZA DOCA, fiscal do corpo que iniciou o tiroteio com o inimigo estendido em linha nas faldas da coxilha sob o banhado de São Donato, enquanto a Bda se aproximava para o combate, e que contava no momento com os 10º, 11º, 22º e 28º corpos provisórios,todos com pequenos efetivos, mais ou menos 200 homens cada, mal armados, predominando lanças e espadas. O inimigo ocupava o dispositivo com a cavalaria na ala direita sob o comando do Maj. Salvanach do exército Oriental, a infantaria em linha no centro e ala esquerda. A cavalaria foi atacada pelo Maj. Souza Doca e elementos do5º Provisório de Passo Fundo e frações do 28º.  Infantaria foi atacada pelos 10º e 11º corpos e cavalarianos do 22º. O 10º conseguiu envolve-la pela retaguarda. Às 13 horas chegou a 4ª Bda do Ten. Cel. Sezefredo que juntamente com a 1ª Bda reforçaram o ataque obrigado o inimigo a formar quadrado e retroceder algumas quadras (para enfrentar a cavalaria) Este quadrado foi atacado pela infantaria do Major Rodrigues Ramos de SOB (3º Btl), que juntamente  com o corpo da Missões, conseguiram romper o quadrado que começou a entrar de desordem e se refugiar nos matos existentes e nos banhados de São Donato, procurando locais  onde não era possível chegar a cavalaria da Bda.
O Cel. Fernandes de Lima, em face de impossibilidade de atacar pelo banhado, determinou a retirada para as unidades se reagruparem, pois o inimigo, ou o que restou dele, havia abandonado o campo de combate. Soube mais tarde que só alcançou a coluna principal às 22h00min do dia seguinte.
Foram encontrados 130 inimigos mortos, e o TC Estigarribia oficiou dia 28 ao Mal Solano Lopes, participando o encontro e informando a perda de 116 mortos e 120 feridos, sem contar os orientais e correntinos que integravam a sua coluna. Prosseguiu a marcha em direção a Itaqui.
As brigadas tomaram do inimigo duas bandeiras, todo o armamento encontrado e toda a cavalhada encilhada além do gado arrebanhado em São Borja.
As tropas rio-grandenses perderam 40 homens mortos (entre os quais um capitão e dois tenentes). Foram feridos 78 (entre os quais um Ten. Cel. e um alferes). Como não havia elementos de Saúde, os feridos foram transportados de carreta, por Maçambara até Alegrete, passando por Mariano Pinto ( cerca de 150 Km)                  

2 comentários:

  1. Buenas, por acaso o sr tem a localização exata desse combate, perguntei para o sr Cesar, DONO DO MERCADO DA CASA em são borja, o mesmo viveu nas imediações a direita da ponte da BR472 no rio butui, e disse-me que tem garrafas num serro de pedras onde o tinham suas terras, porém não me informou de sepulturas paraguaias, se o amigo tiver informações detalhadas me envie para luispancich@ibest.com.br

    ResponderExcluir
  2. Olá,
    se possível, gostaria de obter informação sobre a referida fonte para a exposição destas informações. Tenho interesse, mais especificamente, na história de Souza Doca.
    Meu e-mail é: candeiro.samuel@eb.mil.br
    Desde já, grato.

    ResponderExcluir